Após desistirem de Alckmin, investidores comemoram crescimento de Bolsonaro
O mercado internacional comemorou a divulgação de pesquisas de intenção de voto que apontam o crescimento da adesão de eleitores à candidatura de Jair Bolsonaro, indicando claramente que ele se tornou o candidato preferido dos investidores estrangeiros na reta final da eleição –depois de desistir de Geraldo Alckmin, que era sua primeira opção.
Uma reportagem publicada pela rede americana de economia CNBC explica que ações brasileiras cresceram após a divulgação das pesquisas desta semana.
"Bolsonaro é visto como um candidato mais favorável ao mercado do que Haddad dada a sua plataforma econômica", diz a reportagem. Para os investidores, ele também é uma opção à preocupação com uma possível volta do PT ao poder.
Ainda assim, a CNBC explica que é difícil saber se, em caso de vitória, Bolsonaro teria capital político para levar adiante as reformas que os economistas veem como necessárias no país.
A opção do mercado por Bolsonaro na semana da eleição no Brasil consolida uma tendência iniciada há alguns meses, mas marcada por algumas reviravoltas.
Desde um ano antes da eleição, os investidores indicavam um apoio a uma candidatura mais moderada e de centro, como a de Alckmin.
Antes do início da campanha, o mercado indicava que um segundo turno entre Bolsonaro e o PT era o pesadelo dos investidores. Com o tempo, entretanto, a incapacidade de Alckmin de ganhar força nas pesquisas de intenção de voto e a falta de um candidato que representasse o "Macron brasileiro" levaram os investidores a começar a tolerar o discurso mais radical de Bolsonaro, que virou a opção de muitos deles.
Dada a alta rejeição a Bolsonaro, entretanto, o mercado percebeu que ele poderia ter dificuldade em vencer e chegou até a indicar que toleraria uma eleição de Haddad, indicando que ele seria mais moderado do que Ciro Gomes. Mas as pesquisas indicando que Bolsonaro tem chances de vencer, o mercado voltou a demonstrar seu apoio a ele.
Apesar do alinhamento implícito dos investidores à candidatura de Bolsonaro, segundo a agência de classificação risco S&P Global, a eleição dele eleva o risco de falta de coerência ou de atrasos na proposição de medidas de ajuste econômico necessárias no Brasil, revelou uma reportagem na Folha.
"O candidato do PT não é um outsider, mas Bolsonaro é, o que aumenta o risco de incoerência ou de atrasos em ter as coisas feitas depois das eleições", disse Joydeep Mukherji, analista de ratings soberanos da S&P Global para a América Latina.
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