Força de Lula faz gestor dos EUA trocar otimismo por preocupação com Brasil
A força política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo após a sua prisão, fez com que um dos maiores otimistas estrangeiros em relação à economia brasileira passasse a se dizer preocupado com o país. Segundo Mark Mobius, a popularidade de Lula pode desacelerar o processo de reformas estruturais que ajudaria a impulsionar a economia do Brasil.
"Minha visão atual sobre o Brasil pode ser melhor descrita como 'preocupada' que o movimento pela reforma total do governo possa desacelerar como resultado da contínua popularidade de Lula e seus apoiadores", disse Mobius à agência de economia Bloomberg. "Isso poderia resultar em um afrouxamento do movimento de reforma ou até mesmo no seu fim".
Gestor de investimentos, especialista norte-americano em mercados emergentes, Mobius se consolidou ao longo do ano passado como uma das vozes mais otimistas em relação à economia brasileira. Em uma entrevista à agência de notícias Reuters, em junho de 2017, ele chegou a defender que, mesmo com toda a crise política, o país ainda era um bom lugar para investir, com potencial de crescer 50% em três ou quatro anos.
Mobius atuou até o começo do ano na Franklin Templeton, e agora trabalha na firma que leva seu nome: Mobius Capital Partners. A empolgação do passado, segundo ele, era fruto dos sinais dados pela Operação Lava Jato e pelo combate à corrupção, que abriram espaço para forças reformistas na política brasileira.
Agora, com a falta de força de candidatos como Geraldo Alckmin, que para o mercado representa esse movimento de reformas econômicas, Mobius deixou de lado a confiança. "Isso é um problema real, e aumenta o risco político", disse à Bloomberg.
Segundo a reportagem da agência de economia, a preocuapção quanto à desaceleração das reformas por conta da eleição presidencial está se espalhando pelo mercado internacional. A força da esquerda liderada por Lula poderia levar um candidato ao segundo turno, diz, citando a agência de risco Eurasia.
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