Brasil deve manter ação contra corrupção, defende editorial do 'NY Times'
O editorial do jornal norte-ameriano "The New York Times" foi pouco enfático em seu posicionamento político a respeito do impeachment de Dilma Rousseff.
Em um texto mais descritivo sobre o processo, o jornal deu voz às acusações da presidente cassada, que disse ser vítima de um golpe, e explicou que essa versão pode ser simplista, já que ela se tornou muito impopular no país por conta da crise econômica.
Ainda assim, o "NYT" diz que vai ser uma vergonha se a história mostrar que Dilma estava certa ao dizer que o impeachment foi uma tentativa de tomar o poder para uma coalizão de políticos de direita acusados de corrupção.
O principal foco do país agora, segundo o jornal, deve ser a manutenção das investigações sobre corrupção.
"Michel Temer, que se tornou presidente interino em maio, quando Dilma foi suspensa, deveria permitir que as investigações sobre corrupção continuem e deve rejeitar iniciativas legislativas para enfraquecer promotores", diz.
O editorial diz ainda que, apesar da necessidade de cortar gastos, Temer deve tomar cuidado para não encolher demais os programas sociais do país.
"Até que os brasileiros possam eleger um novo presidente em 2018, ele pode honrar o processo democrático do país ao continuar razoavelmente ligado à plataforma que eles apoiaram por último", diz.
O jornal evitou um posicionamento mais direto sobre o processo de impeachment. Ao contrário do "Wall Street Journal" e do "Washington Post", que defenderam o processo, e do "Guardian", que chamou o impeachment de "injustiça".
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