Na Bloomberg, mercado rejeita medo de vitória de Haddad: não é bicho-papão
Poucos dias depois do anúncio oficial de que Fernando Haddad substituiu o ex-presidente Lula como candidato do PT à Presidência, e de pesquisas mostrarem seu crescimento na intenção de votos, a agência de economia Bloomberg publicou uma reportagem rejeitando que investidores tenham medo de uma vitória dele.
"Sucessor de Lula pode não ser o bicho-papão que investidores brasileiros temem", diz o título da reportagem, que destaca ainda que Haddad manteve o orçamento de São Paulo equilibrado quando foi prefeito, e que ele não era a primeira opção de Lula para a Presidência.
A reportagem diz que Haddad vai precisar agir como Lula em 2002 e convencer o mercado de que não é uma ameaça. Não vai ser tão fácil quanto na primeira vez, complementa o texto, mas o aceno é de que não é impossível.
"Antes de ser eleito em 2002, Lula buscou acalmar os temores dos investidores com sua famosa "Carta ao Povo Brasileiro". Mas, se Haddad quiser conquistar mercados, terá que agir rápido e usar mais do que palavras", diz o texto.
Analistas ouvidos pela agência descrevem Haddad como pragmático e menos ligado à ideologia do PT, mas fazem a ressalva de que ele vai ter dificuldade em contornar os interesses do partido e do próprio Lula.
O aceno do mercado na agência parece ainda mais importante considerando que foi publicado dias depois de a revista "Forbes" alegar que Wall Street já tem dúvidas sobre a viabilidade de seus dois candidatos prefereidos –Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro– conseguirem ser eleitos.
Pode ainda ser interpretado como um aviso de que os investidores se mostram abertos a conversas com Haddad, caso ele se coloque como um "moderado".
Além disso, a ausência de citações a Ciro Gomes na reportagem da Bloomberg pode indicar que ele, sim, é visto como o "bicho-papão" do mercado, e que os investidores de fato preferem conversar e apoiar Haddad do que ver Ciro chegar ao segundo turno contra Bolsonaro.
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