Reputação do Brasil piora em ranking, e país é ultrapassado pela Argentina
O Brasil despencou sete posições no ranking de países com a melhor reputação global, segundo o índice Country RepTrak deste ano, segundo o Reputation Institute.
O país aparece em 31º lugar na lista que inclui 55 nações de várias partes do mundo. E agora aparece atrás de países que não costumavam ter uma imagem internacional melhor do que ele, como Argentina (30º) e Chile (29º).
O Brasil acumulou 59,6 pontos no índice, o que indica uma posição de raputação "fraca" (60 pontos é o mínimo para que a imagem seja classificada como "moderada").
Apesar da grande queda do país no ranking, e da "grave crise institucional" percebida pelo estudo, o Reputation explica que a imagem do Brasil no exterior não sofreu queda, e se manteve estável. O problema é que a maioria dos outros países tiveram melhora em sua avaliação no período, o que deixou o Brasil para trás.
A queda na reputação externa do Brasil aconteceu há mais tempo. Um gráfico divulgado no estudo mostra como o país foi de uma avaliação externa de 67,2 pontos em 2013 para 49,4 em 2015. A atual é de 47,6.
Enquanto o Brasil apresentou uma queda no ranking, o país que teve a maior queda em sua reputação internacional, na verdade, foram os Estados Unidos. Segundo o estudo, isso aconteceu especialmente por conta da eleição de Donald Trump.
A eleição do presidente dos EUA também teve efeito sobre o México, mas de forma positiva. o México ganhou simpatia por conta dos ataques de Trump, e melhorou sua reputação.
Além de medir a reputação internacional dos países, o Reputation também avalia a autoimagem dos lugares avaliados. O Brasil é o segundo país que tem a pior autoimagem entre os analisados pelo ranking –à frente apenas da África do Sul.
Entretanto, o Brasil é o país que registra a maior diferença entre a reputação externa (melhor) e a interna (pior). São 12 pontos de diferença.
Esta autocrítica já estava presente no levantamento do ano anterior, que mostrava que enquanto o país tinha 57,8 pontos na avaliação externa, tinha apenas 47,5 na autoavaliação.
Fundado em 1997, o instituto criou o RepTrak para analisar dados sobre 7 dimensões de reputação dos países. O estudo avalia 55 nações diferentes, ouve grupos de interesse e empresas. A cada ano, são realizadas mais de 6 mil pesquisas para gerar os dados analisados.
O modelo de estudo calcula a reputação emocional, medida pela percepção gerada pelo país, e a reputação racional, com base em dados sobre eficiência governamental, avanço econômico e ambiente do país.
O Canadá é o país com a melhor reputação do mundo no ranking deste ano, com um total de 82,8 pontos no índice. Em seguida, aparecem Suíça (também com 82,8 pontos), Suécia (82,5), Austrália (81,6) e Nova Zelândia (81,1).
No outro lado da tabela, o Itaque tem a pior reputação do mundo (28,3 pontos), seguido pelo Irã (32,8) e pelo Paquistão (37,3).
A queda do Brasil no ranking reflete o que outros estudos semelhantes sobre imagem e reputação internacional.
O noticiário sobre as crises política e econômica e os problemas registrados durante a Olimpíada no país derrubaram o Brasil no principal ranking internacional que mede a imagem das nações no mundo. O Brasil aparece em 23º lugar na edição mais recente, de 2016, do Anholt-GfK Nation Brands Index (NBI), a sua pior classificação na história do índice.
A crise política e a recessão também fizeram o Brasil cair quatro posições no ranking Good Country Index— o índice do bom país. Depois de estrear na 49ª posição em 2015 e subir para o 43º lugar no ano passado, o Brasil voltou a cair e agora está em 47º no índice que avalia a contribuição de cada país para o planeta.
Por conta da situação tão crítica, o Brasil desabou no ranking internacional que mede o soft power, o "poder brando", "poder suave" ou "poder de convencimento", de acordo com o recém-divulgado relatório anual sobre o tema divulgado pela consultoria britânica Portland.
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