'The Economist' entrevista Temer, diz que ele é sensato e defende reformas
O presidente Michel Temer acredita que a história vai vindicar seu governo, e a revista "The Economist" parece concordar.
Em sua edição mais recente, a publicação traz uma entrevista com Temer, e indica que apesar de ele ter se tornado presidente "por acaso", a aprovação das reformas propostas por ele podem fazer com que ele seja visto como um governante muito sensato.
"Michel Temer prefere ser impopular a ser populista", diz a revista.
O texto começa explicando que os índices de popularidades de Temer são baixos, e que ele é considerado ilegítimo e chamado de golpista por parte da sociedade que critica o impeachment de Dilma Rousseff.
Ainda assim, diz a publicação, ele defende a democracia ao permitir protestos contra seu governo, e está levando adiante reformas políticas que, em suas palavras, vão colocar o país "de volta ao rumo certo", como a PEC do Teto e a reforma da Previdência.
"Essas medidas vão ajudar a conter o aumento da grande dívida pública brasileira, uma das maiores ameaças à prosperidade no longo prazo", diz a revista.
A "Economist" continua o texto elogioso dizendo que Temer quer "reformar o sistema político disfuncional do Brasil", diminuindo o número de partidos e alterando o sistema de eleição do Congresso.
A revista vem defendendo as reformas econômicas propostas pelo governo Temer desde o impeachment de Dilma. Nas últimas semanas, uma reportagem tratava especificamente da Previdência brasileira e dava tom apocalíptico à necessidade de reformas.
O tom da revista condiz com a linha editorial dela. Ao longo das décadas, a "Economist" tem a tendência de alternar momentos de expectativa com críticas sempre que o modelo da política econômica do governo brasileiro se aproxima ou se afasta dos ideais "pró-mercado", segundo a pesquisa de doutorado da socióloga Camila Maria Risso Sales.
Apesar de ter criticado o processo que derrubou Dilma e o sistema político brasileiro como um todo, a revista mudou a avaliação sobre o Brasil quando a política econômica do governo mudou.
"A visão da 'Economist' é mais positiva sobre o Brasil se a política econômica do país se aproxima mais do viés liberal", disse Sales em entrevista ao blog Brasilianismo.
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