'Le Monde' defende renúncia de Dilma: 'Isso não é um golpe de Estado'
Um editorial publicado pelo jornal francês "Le Monde" rejeita a tese de que o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff seria equivalente a um golpe de Estado. O jornal critica a postura defensiva do governo, lembra de outros momentos em que se discutiu impeachment no Brasil e apontou que o processo pode ocorrer de forma legal.
O texto foi publicado com o título em francês "Ceci n'est pas un coup d'Etat" (Isso não é um golpe de Estado). Ele questiona a posição do governo e defende que "a destituição de um chefe de Estado é prevista e regulamentada pela Constituição brasileira". O editorial ganhou ampla repercussão, e teve trechos publicados também pela Radio França Internacional.
O "Monde" diz que o governo deveria escolher melhor os termos usados para se defender em meio à crise política do país, sem tentar desqualificar o posicionamento da oposição.
Apesar de tratar de impeachment como procedimento legal, o editorial segue a postura adotada pela revista "The Economist", e defende a renúncia da presidente como melhor caminho para o fim da crise no país. "O impeachment não é a melhor solução para o impasse. A renúncia da chefe de Estado, que perdeu a maioria parlamentar, seria menos complicada", diz.
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