Prisão de Nuzman pode gerar imagem de reação do Brasil a corrupção olímpica
A prisão do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Rio-2016 Carlos Arthur Nuzman, nesta quinta-feira (5), ganhou atenção na mídia internacional. Desde o fim da manhã, os principais veículos de imprensa em língua inglesa já noticiavam o fato, dando atenção às investigações sobre corrupção durante a Olimpíada de 2016.
Isso porque os desvios de dinheiro público antes e durante os Jogos do Rio, no ano passado, bem como o legado de crise no estado, têm sido foco de constante debate no resto do mundo.
Desde o mês passado, quando a polícia realizou buscas no apartamento de Nuzman, a imprensa estrangeira está acompanhando de perto o desenrolar do caso.
Apesar de os Jogos do Rio terem sido interpretados no resto do mundo como uma bem-sucedida festa global, e de o Brasil não ter registrado nenhum problema grave durante as competições, desde o fim da Olimpíada que a cobertura internacional tem sido muito crítica ao evento e toda a corrupção que foi denunciada em relação a ele.
O problema não é apenas do Brasil, como destaca o jornal britânico "The Guardian" em reportagem publicada em setembro. "Cheiro familiar de corrupção continua a manchar os Jogos Olímpicos", dizia.
O caso do Brasil se tornou simbólico no resto do mundo, entretanto, em grande parte por causa da crise em que o país e o Rio mergulharam. Em um artigo recente na revista "Americas Quarterly", os Jogos do Rio foram considerados bem-sucedidos em seu "verdadeiro objetivo", que era de desviar dinheiro público.
Em um contexto assim, o avanço das investigações no Brasil e em outros países e o fato de Nuzman ter sido preso nesta semana dão a impressão de que o caso começa a ter um resultado real, com ação da Justiça contra a corrupção em torno da Olimpíada.
É difícil acreditar que isso de fato mude alguma coisa na imagem negativa que ficou marcada no legado de crise e de elefantes brancos deixado pelos Jogos Olímpicos do ano passado, mas talvez ajude a amenizar a impressão de corrupção generalizada em torno do evento realizado no Brasil.
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