Na mídia estrangeira, Neymar ofusca vitória de Temer contra investigação
A notícia da vitória de Michel Temer na votação sobre a denúncia de corrupção contra ele Câmara dos Deputados foi ofuscada por um outro brasileiro na imprensa internacional.
Ao menos durante a votação na Câmara e nos momentos imediatamente após os deputados decidirem poupar o presidente, os principais veículos da imprensa internacional praticamente ignoravam o que acontecia na política brasileira.
O Brasil só aparecia com destaque nas páginas de grandes jornais estrangeiros como o "Guardian", o "Le Monde" e o "New York Times" por conta da transferência de Neymar para o PSG.
Ao contrário do que aconteceu durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando a imprensa internacional acompanhou a votação do Congresso em tempo real e publicou várias notícias urgentes sobre o caso, a decisão sobre Temer teve reação morna na mídia do resto do mundo.
É verdade, entretanto, que críticas à Câmara dominaram redes sociais, e "Investiguem Temer" ficou horas como o tema mais falado no Twitter.
Além disso, muitos veículos haviam publicado reportagens apresentando a votação, mas muitos já indicavam a provável vitória do presidente. Sem surpresas, o caso será tratado normalmente no noticiário e análises no resto do mundo, mas sem tratamento urgente.
Antes mesmo de análises estrangeiras mais aprofundadas sobre a vitória de Temer, é fácil perceber que a decisão não vai ser positiva para a imagem do Brasil.
Apesar de evitar criar uma incerteza política ainda maior no país (e de facilitar a aprovação de reformas defendidas pelo mercado internacional), a manutenção do presidente sob sérias acusações indicam o enfraquecimento da luta contra a corrupção no Brasil, apontando para um sistema político quebrado e incapaz de funcionar.
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