'Forbes' defende reforma da Previdência e trabalho até os 65 anos no Brasil
O tom da reportagem da revista "Forbes" sobre a reforma da Previdência no Brasil parece misturar um tom de incredulidade com um toque de ironia: "Os brasileiros não trabalham após os 65 anos de idade, e ponto final", diz.
Em um texto que trata a reforma proposta pelo governo de Michel Temer como necessária para o país, a publicação diz que a pressão pública está atrasando a mudança no sistema de aposentadorias, e indica que se ela for adiada até o fim do ano, os mercados vão perder a confiança que ainda têm no governo.
"Nos últimos 15 anos, as aposentadorias públicas cresceram de 3% para 7% do PIB, segundo a OCDE. Homens brasileiros tradicionalmente se aposentam aos 54 e mulheres aos 52, mais cedo do que mesmo os mais socialistas países europeus, que têm muito mais dinheiro do que o Brasil consegue sonhar", diz.
A revista elenca problemas no sistema previdenciário brasileiro, especialmente o do setor público, que oferece maiores benefícios do que o privado. "Servidores públicos são conhecidos por receberem salários altos, especialmente os do sistema Judiciário", diz.
Ainda em tom crítico, a reportagem compara o atual sistema brasileiro com o dos EUA. "A idade para a aposentadoria integral nos EUA é 65 anos, mas vai aumentar para 66 em 2020, 67 até 2028, e 68 até 2046, já que as pessoas estão vivendo mais tempo", diz.
Segundo a "Forbes", há três formas de resolver o "problema" da Previdência: aumentar a idade para a aposentadoria, cortar os benefícios ou aumentar os impostos.
A defesa da reforma pela "Forbes" lembra a abordagem de outra revista internacional de finanças, a "The Economist", que em fevereiro publicou uma reportagem igualmente defendendo as mudanças na Previdência em um tom forte. "O país está perigosamente despreparado para o choque [do envelhecimento da população]", dizia.
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