Com medo de protesto, governo adia reformas e frustra mercado internacional
A aprovação da Reforma da Previdência deixou empolgados os analistas de mercado internacionais, que viam uma mobilização política para levar adiante mais propostas semelhantes para deixar a economia brasileira atraente para investidores estrangeiros. Um mês após a comemoração, entretanto, o ânimo começa a perder força, segundo uma reportagem publicada pelo jornal de economia Financial Times.
"Jair Bolsonaro suspende reformas com medo de agitação popular", diz o título da reportagem publicada neste fim de semana.
Segundo a publicação, manifestações de oposição a governos da América Latina, como registrados no Chile, na Bolívia e na Colômbia, fizeram o governo brasileiro desacelerar projetos de novas reformas. O jornal diz que propostas consideradas fundamentais pelo mercado, como a reforma administrativa e a reforma tributária, devem ser adiadas.
O tom do Financial Times é de decepção com a perda de força da agenda reformista.
"A movimentação ocorre apenas duas semanas depois que Paulo Guedes, ministro da Economia, insistiu em entrevista ao Financial Times que os violentos protestos contra o livre mercado que tomaram o Chile por semanas não iriam limitar a agenda de reformas mais ambiciosa do Brasil em duas décadas", diz.
Segundo o jornal, mudanças no cenário político brasileiro, com a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a mudança de partido de Bolsonaro também dificultam a mobilização por reformas.
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