Brasil e Argentina só perdem com afastamento entre governos, diz analista
A relação com o Brasil vai ser um dos mais imediatos e importantes desafios do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández. A avaliação foi feita pelo especialista em relações internacionais Mariano Turzi em artigo publicado pelo jornal argentino Clarín. De acordo com ele, os dois países têm muito a perder com o possível afastamento entre os dois governos.
Segundo ele, as relações entre os dois países têm relevância em esferas como a política econômica internacional, a política social e a geopolítica.
Sobre economia, o artigo destaca que mais de 80% das exportações da Argentina para o Mercosul foram direcionadas ao Brasil.
O cenário atual, entretanto, comas disputas entre os presidentes dos dois países, torna o alinhamento entre os dois vizinhos mais difícil.
"Bolsonaro parece disposto a afastar o Brasil da Argentina, desarticular o Mercosul e desmantelar qualquer tentativa de integração regional profunda baseada em interesses e instituições que transcendam ideologias e indivíduos", diz.
Segundo Turzi, os dois países têm muito a perder com essa situação. "O desentendimento entre Brasília e Buenos Aires reduzirá o espaço de ação autônomo para ambos os países e dificultará um ciclo virtuoso para a região sul-americana", diz.
Para ele, a integração com o Brasil deve ser um objetivo estratégico do novo governo. "Em um contexto global e instabilidade do multilateralismo e aumento da competição entre grandes potências, a integração regional não constitui só uma decisão, mas quase uma obrigação", diz.
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