Com mancha de óleo, mídia estrangeira vê Brasil viver nova crise ambiental
O ano de 2019 está se consolidando como um momento muito negativo para a imagem internacional do Brasil na área ambiental —uma das mais fortes marcas do país no resto do mundo.
Depois de viver a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho, e de ser alvo de intensas críticas externas por conta do aumento do número de incêndios na Amazônia, o Brasil volta a ser notícia no exterior como palco de uma crise ambiental por causa do derramamento de óleo no Nordeste do país.
"Estima-se que 100 toneladas de petróleo tenham chegado à terra desde o início de setembro, poluindo algumas das praias mais puras do país e forçando as autoridades brasileiras a lidar com mais uma crise ambiental", diz uma reportagem publicada pelo jornal norte-americano The New York Times.
O jornal também destaca a onda de notícias negativas sobre questões ambientais no país. "O governo já passou por um exame minucioso e críticas severas após uma temporada extraordinariamente intensa de incêndios florestais na Amazônia. Agora, o petróleo foi visto em pelo menos 132 praias que afetam 61 municípios em nove estados, disse o Ministério do Meio Ambiente do país."
A notícia do derramamento que mancha as praias do país ganhou destaque em alguns dos principais veículos da imprensa internacional, afetando a imagem de "paraíso turístico" muito associada ao país na percepção internacional.
Em quase todas as publicações, como na revista alemã Spiegel, as reportagens sobre o desastre destacam o fato de não haver ainda uma definição sobre a origem do derramamento.
"Durante semanas, as costas de oito estados foram poluídas. Mais de cem praias são afetadas, segundo a Agência Ambiental. Várias tartarugas marinhas já estão mortas", relata a Spiegel.
"As enormes manchas de óleo que apareceram em 130 praias em uma faixa que vai do Estado do Maranhão até a Bahia, que mostram as imagens da televisão, demoraram semanas para se tornar notícia nacional", diz o jornal espanhol El País.
A cobertura estrangeira acompanha o impacto político gerado pela mancha de óleo, destacando a reação do governo ao novo problema ambiental do Brasil.
"Desde o início de outubro, as autoridades e as forças de segurança preocupam-se com uma grande quantidade de óleo ao longo da costa brasileira. Derramamento de óleo ou atividade ilegal? Uma investigação foi aberta", relata o jornal francês Le Figaro.
A revista americana Newsweek destaca em uma reportagem que o governo de Jair Bolsonaro alega que o derramamento não teve origem no Brasil. A publicação ressalta ainda que o presidente é alvo de grandes críticas por conta da sua política ambiental ligada à Amazônia, e que o governo também apontou culpados no caso das queimadas da floresta.
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