Segundo jornal inglês, falas de Bolsonaro afetam o lugar do Brasil no mundo
A incapacidade do presidente Jair Bolsonaro de controlar o que fala está começando a ter impacto no lugar do Brasil no mundo, diz uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian nesta segunda-feira.
"O presidente do Brasil tem sido notório por suas declarações odiosas e homofóbicas –ele uma vez proclamou que preferiria um filho morto a um filho gay. Mas mesmo pelos padrões loquazes de Bolsonaro, as últimas semanas foram notáveis", diz o jornal.
O Guardian lista declarações recentes de Bolsonaro sobre violência, sobre a eleição na Argentina e especialmente sobre o desmatamento da Amazônia. Além disso, discute a fixação do presidente sobre temas escatológicos. Tudo isso, diz o jornal, afeta a imagem do país no resto do mundo.
Segundo a publicação, muitos eleitores do presidente apoiam o jeito falastrão dele, e um especialista ouvido pelo jornal diz que declarações polêmicas fazem parte da tática política do presidente. Ainda assim, a reportagem diz que a estratégia cria desastres de relações públicas e podem criar problemas políticos e econômicos para o país.
"Por que qualquer país gostaria de lidar com um segundo Trump? Você é obrigado a lidar com um Trump porque são os Estados Unidos. Mas não há razão para lidar com um segundo Trump. O Brasil simplesmente não é tão importante… Não somos essenciais ", diz um entrevistado citado pelo jornal.
A avaliação do Guardian se alinha a críticas que vêm sendo publicadas na Alemanha. O colunista da Folha Nelson de Sá relata que dois dos principais veículos alemães, a revista Der Spiegel e o jornal semanal Die Zeit, publicaram que "É hora de sanções contra o Brasil".
"A Europa não deve ficar de braços cruzados enquanto um preconceituoso cético da ciência, movido pelo ódio, sacrifica vastas áreas de floresta para pecuaristas e plantações de soja", diz a revista.
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