Em meio a notícias negativas do Brasil, CE e ES viram 'modelos' no exterior
Notícias com viés negativo têm dominado a cobertura internacional sobre a política brasileira. Por mais que a maior parte da mídia estrangeira tenha elogiado a aprovação da Reforma da Previdência, o tom da maioria das reportagens publicadas no exterior tem sido crítico ao governo de Jair Bolsonaro.
No meio de um grande volume de críticas, duas reportagens recentes apontam exemplos positivos de Estados do país. O Ceará foi apontado como um exemplo no combate à violência no país, enquanto o Espírito Santo foi descrito como um modelo de equilíbrio de contas públicas.
"Um Estado brasileiro se destaca como modelo de eficiência", diz o título de um artigo publicado pela revista The Economist nesta semana. O tom positivo é adotado logo após a publicação criticar o país em sua capa, abordando o risco de destruição da Amazônia.
Segundo a Economist, "a incontinência fiscal do Brasil é lendária", mas o Espírito Santo conseguiu evitar a crise que afeta outros Estados. A revista diz que o governo estadual conseguiu prever a recessão que afetaria o Brasil e realizou ajustes fiscais e cortou cargos públicos para equilibrar as contas.
A revista elogia o ex-governador Paulo Hartung, mas admite que as medida de austeridade foram dolorosas no Estado.
Enquanto o Espírito Santo é citado como "modelo" na área econômica, o Ceará apareceu recentemente em uma reportagem da revista Americas Quarterly como um exemplo de luta contra a criminalidade.
"Fora do sistema prisional, a criminalidade violenta tem caído em todo o Brasil nos últimos meses, em parte como resultado de métodos de policiamento mais agressivos. Mas em nenhum lugar a melhora foi mais aparente do que no Ceará. Quando visitei em maio de 2018, o Estado foi o terceiro mais violento do país, enquanto gangues rivais travavam uma violenta batalha pelo controle do mercado de drogas em franca expansão. (…) Quinze meses depois, os distritos mais pobres do Ceará ainda são perigosos, mas a taxa de mortalidade foi reduzida pela metade, uma melhoria duas vezes maior que a média nacional. De terceiro lugar, o Ceará é hoje apenas o 14º mais perigoso dos 27 Estados brasileiros."
A AQ explica que o Ceará aumentou os gastos públicos com segurança, instalou câmeras de segurança e adotou uma política mais dura na administração de presídios.
Apesar de apontar o avanço, a revista ressalta que as taxas de criminalidade no Brasil têm se mostrado voláteis e que o grande desafio é fazer com que a melhora seja sustentável no longo prazo.
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