Editorial do Guardian apoia pressão internacional por proteção da Amazônia
Alinhado com o discurso que tem ganhado força na mídia estrangeira com fortes críticas à postura do governo Jair Bolsonaro em relação à Amazônia, o jornal britânico The Guardian publicou no domingo um editorial defendendo ação internacional contra o "desastre" do desmatamento.
A publicação defende "o poder crescente da diplomacia climática", que tem pressionado o governo brasileiro. O texto menciona o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que exigiu que o Brasil não abandonasse o Acordo de Paris.
Segundo o Guardian, Bolsonaro "despreza a conservação e os direitos indígenas", e os dados dos satélites mostram aumento acentuado do desmatamento.
O jornal inglês defende que a UE se posicione de forma ajudar o Brasil a proteger a Amazônia. "Se nós reivindicarmos esta floresta tropical como um pulmão verde para o mundo, não podemos esperar que o Brasil a conserve sozinho", diz.
"O argumento de Bolsonaro para o público interno e estrangeiro é o mesmo: a Amazônia brasileira não é da conta de ninguém, só do Brasil. Com isso em mente, os defensores internacionais da floresta devem agir com cautela. As denúncias das políticas favoráveis a empresas do novo governo em nome da biodiversidade podem ser contraproducentes. Em vez disso, ambientalistas, incluindo políticos de partidos verdes, deveriam trabalhar através de instituições políticas europeias, sabendo que a UE é o segundo maior mercado para as exportações brasileiras. A pressão firme deve ser exercida sob a forma de fortes regulamentações ambientais e uma recusa em comprometer a transparência. A carne ou soja produzidas em terras desmatadas ilegalmente não deve ser importada para a Europa."
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