Indicação de filho para embaixada faz Bolsonaro ser comparado a Trump
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de indicar seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos ganhou atenção internacional. A escolha foi tema de reportagens em alguns dos mais importantes veículos da imprensa estrangeira, e levou a comparações entre o presidente brasileiro e o americano, Donald Trump.
"A oferta a Eduardo Bolsonaro, o filho mais novo do presidente, para ocupar o primeiro posto em Washington surge em meio a um acalorado debate nos EUA sobre o papel e a influência da família do presidente Donald Trump, particularmente sua filha Ivanka", diz o jornal de economia Financial Times.
A publicação ressalta que Ivanka gerou polêmica no final do mês passado depois de sua aparição na cúpula do G20, no Japão, ao lado de Trump.
"Mas Bolsonaro disse que seu filho seria um bom embaixador nos Estados Unidos devido às suas habilidades no idioma e sua estreita relação com a família Trump", diz o FT.
A comparação entre os dois presidentes teve destaque também numa reportagem da agência Bloomberg. "Bolsonaro tem sido frequentemente chamado de Trump Tropical, com seu nacionalismo de direita, tendência a falar de improviso e uso de redes sociais para contornar o jornalismo tradicional. Seu principal objetivo de política externa até agora foi aproximar-se da administração de Trump".
A imprensa internacional também destacou que Eduardo Bolsonaro já vinha influenciando nas posições do governo em política externa. Segundo a rede britânica BBC, o filho do presidente já atuava como uma versão paralela de chanceler "por causa da forte influência que ele tem sobre as idéias de política externa de seu pai".
Segundo a BBC, a indicação deve solidificar uma mudança na postura da diplomacia brasileira.
"Tanto o presidente quanto seu filho têm uma postura favorável aos EUA, rompendo com a posição tradicionalmente mais cautelosa do Brasil, e Eduardo é abertamente pró-israelense, enquanto no passado o Brasil tem sido cuidadoso em não ofender as nações árabes", diz.
O jornal britânico The Guardian publicou uma reportagem com informações de agências de notícias, e alega também que a indicação de Eduardo Bolsonaro reforça a influência da família do presidente no governo brasileiro.
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