Intervenção na Petrobras ameaça confiança do Mercado no governo Bolsonaro
A vitória de Jair Bolsonaro na eleição do ano passado foi bem recebida pelo Mercado internacional, que via no presidente e no ministro Paulo Guedes a formação de um governo liberal, favorável aos negócios. Com a intervenção da semana passada na Petrobras, entretanto, esta imagem começa a ficar ameaçada.
A ação sobre a política de preços da estatal afeta a credencial de Bolsonaro como um presidente favorável ao Mercado, segundo uma reportagem publicada pela agência de economia Bloomberg.
Além da queda nas ações da Petrobras, a medida trouxe de volta medo de intervenção do governo na economia. A ação "colocou em dúvida a confiança que investidores colocaram em Bolsonaro, que chegou ao poder prometendo recuperar a economia problemática pela recuperação das contas públicas e tornando mais fácil fazer negócios no país", explicou o texto.
Segundo uma reportagem da Folha, analistas e políticos com influência no setor financeiro dizem que o gesto do presidente alimentou não só a percepção de que a ascendência de Guedes sobre ele tem teto baixo, como também minou a imagem de liberal que captou apoio na campanha.
A mesma Bloomberg publicou no fim de semana uma outra reportagem em que o ministro Guedes diz que vai desfazer qualquer confusão relacionada com a ação do presidente na Petrobras. Ainda assim, a reportagem argumenta que a intervenção criou uma onda de choque no Mercado brasileiro.
Além de ferir a imagem e a credibilidade do governo em relação à economia, a mudança na percepção chega num momento em que o Mercado começa a ver com menos confiança as chances de o governo aprovar reformas como a da Previdência e ajudar a recuperar a economia brasileira. No balanço sobre os primeiros cem dias de Bolsonaro na Presidência foi comum a avaliação de que Bolsonaro está perdendo popularidade e o governo tem cometido erros que podem comprometer a aprovação das reformas que o Mercado vê como essenciais para o país.
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