Análise de mercado internacional vê risco cambial e de recessão no Brasil
Enquanto o governo de Jair Bolsonaro se aproxima da marca de cem dias desde a posse do presidente, o Mercado internacional dá mostras de ter deixado de lado o otimismo com que recebeu o resultado da eleição brasileira no ano passado. Análises críticas sobre os primeiros três meses de governo começaram a ganhar mais espaço na mídia estrangeira na semana passada evidenciando uma preocupação crescente com a economia do país.
Uma avaliação publicada em um site americano voltado a investidores revela que já há até mesmo avaliações bem pessimistas sobre o futuro das finanças do país. Segundo um texto publicado no Seeking Alpha, há risco de desvalorização cambial e de recessão no Brasil.
O texto assinado pelo analista Logan Kane recomenda a venda de ações do Brasil. O texto foca no alto nível de gastos do Estado brasileiro em relação ao PIB e na impossibilidade de aumento dos impostos para equilibrar as contas –o que leva ao endividamento do país.
"A solução: imprimir dinheiro em vez de aumentar impostos. As ações brasileiras não vão se dar bem neste cenário", diz.
O texto não se debruça especificamente sobre o governo de Bolsonaro, mas publica uma foto do ministro Paulo Guedes durante discussão com deputados na semana passada e reflete a falta de otimismo externo com o momento atual do país. A análise compara o caso brasileiro com o mau desempenho da economia da Turquia, e indica que há muitos problemas no Brasil.
"A economia do Brasil não é muito bem administrada. O país enfrenta questões como legados da industrialização por substituição de importações, má alocação de crédito, leis trabalhistas inflexíveis e investimentos inadequados em infraestrutura", diz.
No fim de semana, uma análise da agência de notícias France Presse também indicava um crescente ceticismo de investidores estrangeiros a respeito de uma melhora da economia brasileira sob Bolsonaro –especialmente por conta de problemas na negociação para aprovar a reforma da Previdência. O tom era semelhante ao de análise do think tank Americas Society/Council of the Americas, que indicou que o período de lua de mel do governo chegou ao fim antes de ele completar três meses.
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