Na imprensa dos EUA, Bolsonaro é 'espelho' de Trump e 'bajula' americano
Ao receber o presidente do Brasil na Casa Branca, o americano Donald Trump parecia se olhar no espelho, segundo reportagem do jornal The New York Times sobre a visita de Jair Bolsonaro aos EUA. A semelhança entre o estilo e a política dos dois governantes e a admiração pública de Bolsonaro por seu colega foram alguns dos temas que chamaram mais a atenção de observadores na imprensa dos Estados Unidos. Segundo a rede de TV CNN, a visita do presidente brasileiro serviu para "bajular" Trump.
"O homem que adotou a personalidade combativa de Trump –pessoalmente e no Twitter– trouxe sua adulação para a Casa Branca", diz a rede de TV CNN. A descrição da "bajulação" foi a principal chamada da página da CNN na internet na tarde desta terça-feira.
"Como outros líderes autoritários que Trump abraçou desde que assumiu o cargo, Bolsonaro é um eco do presidente americano: um nacionalista rude cujo apelo populista vem em parte de seu uso do Twitter e seu histórico de fazer declarações grosseiras sobre mulheres, gays e grupos indígenas", explicou o New York Times.
Segundo a CNN, a aproximação entre os dois presidentes foi mais marcante do que qualquer declaração real de acordos.
"Por enquanto, é uma camaradagem baseada em táticas compartilhadas, populismo (e, no caso de Bolsonaro, misoginia e homofobia) retórica e bajulação do que qualquer questão em particular", disse.
Além do NY Times e da CNN, vários outros veículos de imprensa dos EUA também noticiaram a visita de Bolsonaro ao país, como a rede de TV NBC e o jornal USA Today.
O apelido do brasileiro como "Trump dos Trópicos" também foi frequente na cobertura feita pela imprensa dos EUA. Segundo o Times, Trump se disse honrado de ter sua campanha comparada à de Bolsonaro.
"Autoridades norte-americanas disseram nesta semana que Trump apreciava a maneira pela qual Bolsonaro conseguiu chegar à vitória nas eleições do Brasil ao ser declaradamente pró-americano e dizer repetidamente que queria ter um relacionamento próximo com o presidente americano."
O jornal destacou, entretanto, que a proximidade entre os dois presidentes acontece em um momento em que Trump demonstra afinidade por líderes com tendências autoritárias, enquanto cria desavenças com parceiros históricos dos Estados Unidos.
Segundo a reportagem, Bolsonaro se junta a um grupo formado por líderes como o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, os líderes da Rússia (Vladimir Putin), da China (Xi Jinping), do Egito (Abdel Fattah el-Sisi), da Turquia (Recep Tayyip Erdogan) e das Filipinas (Rodrigo Duterte).
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