Cientista político dos EUA diz que PT é um ímã que atrai e repele eleitores
A percepção externa sobre a situação política do Brasil às vésperas da eleição presidencial mais imprevisível e preocupante das últimas décadas foi o tema do quadro "A Cara do Brasil", do programa Revista CBN, no domingo. A conversa se baseou em duas entrevistas com brasilianistas que estão analisando o país com um olhar internacional.
Segundo o historiador Bryan McCann, ex-presidente da associação internacional de brasilianistas, o país vive um momento de grave risco à democracia por conta da ascensão de um grupo de eleitores que não defende as conquistas políticas do país desde a redemocratização. Em entrevista à Folha, McCann comentou que a candidatura de Bolsonaro é o símbolo desse risco "angustiante" à política brasileira.
Para o o cientista político David J. Samuels, por outro lado, a política brasileira tem um forte ímã, que atrai e repele eleitores com praticamente a mesma força, e que torna a ideia de partidos mais importante para as decisões políticas no país. Este ímã é o PT, explicou o professor de ciência política na Universidade de Minnesota, nos EUA, em entrevista publicada pela BBC News Brasil.
Não importa se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai ser candidato ou se o partido vai indicar outro nome, explicou Samuels. De qualquer forma, entre 20% e 25% do eleitorado sempre vota no PT, e entre 20% e 25% dos eleitores sempre votam contra o PT.
Samuels explica que o partidarismo costuma funcionar em todo país como "uma lente positiva ao olhar qualquer coisa que o partido faça. As pessoas só vem seu partido de forma positiva e os outros partidos de forma negativa". No caso do Brasil, entretanto, a divisão se dá em torno de um único partido: "Há o grupo que só vê tudo de certo e o que vê tudo de errado no PT".
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