'Forbes' acena a Alckmin e diz que Brasil vai eleger presidente 'sem graça'
Enquanto muitos analistas no Brasil e no exterior discutem preocupados sobre a possibilidade de uma radicalização política do país com a vitória de um presidente de posição extrema na eleição deste ano, uma análise publicada pela revista "Forbes" aposta em uma via intermediária. "O próximo presidente do Brasil vai ser um 'centrista entediante"', diz. O texto soa como um aceno ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, citado logo no começo da reportagem.
"Não se empolgue muito com um retorno surpreendente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou com o conservador Jair Bolsonaro. As chances são maiores de um centrista sem graça chegar ao poder no Brasil no próximo ano", diz.
Apesar de apontar como algo positivo o país não apoiar propostas políticas mais radicais, a revista alega que o perfil do presidente centrista vai estar ligado a grande fraqueza e incapacidade de aprovar reformas. Diz que Alckmin teria dificuldades para privatizar a Petrobras, como disse que faria.
A reportagem ouve analistas de consultorias de risco que indicam que Lula e Bolsonaro teriam grandes dificuldades para vencer as eleições por conta da alta rejeição a seus nomes. Alckmin, por outro lado "talvez" vença, diz.
"Os brasileiros não vão se empolgar muito com seu próximo presidente", diz um dos entrevistados.
Segundo a revista, a guinada a um candidato "sem graça" deve ser uma reação ao fato de que os políticos têm baixa popularidade no país atualmente. "No Brasil, ninguém gosta dos seus líderes eleitos hoje em dia", diz.
O cenário de um presidente "fraco e sem graça" é apoiado pelos mercados internacionais, diz a revista. "Melhor do que um governo de Lula", explica.
Este não é o primeiro aceno da revista de finanças a Alckmin como candidato preferido dos mercados internacionais. Em agosto do ano passado, mais de um ano antes das eleições, a revista já publicou uma lista de possíveis candidatos à Presidência do Brasil e indicou o governador de SP como o favorito entre os investidores.
Na ocasião, Alckmin foi chamado de "Al Gore da política brasileira", em referência ao ex-vice-presidente dos EUA, e é classificado como candidato de centro-esquerda. "Suas políticas estariam alinhadas com o padrão de políticas sociais e econômicas de sociais-democratas de centro-esquerda", dizia.
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