Deu na 'Folha': Brasil perde soft power e diplomacia fica sem prestígio
Reportagem publicada na edição de domingo da "Folha de S.Paulo" analisa a perda de de prestígio da política externa brasileira.
Na chamada diplomacia do prestígio, o Brasil está à frente apenas da Turquia, recém-convulsionada por uma tentativa de golpe de Estado e que assiste às investidas autoritárias do presidente Recep Tayyip Erdogan.
A edição 2017 do estudo "The Soft Power 30", realizado pela consultoria britânica Portland e divulgado na última semana, aponta que o Brasil caiu cinco posições no ranking em relação a 2016, ocupando hoje o 29º e penúltimo lugar.
A análise leva em conta a capacidade de persuasão de um país no cenário global.
Desde a publicação da primeira edição do estudo, em 2015, o Brasil só perde terreno –foi ultrapassado por países como China, Polônia, República Tcheca e Hungria.
O cenário condiz com o encolhimento da política externa brasileira nos últimos anos, iniciado ainda sob Dilma Rousseff e catalisado pela crise política que engolfa o governo de Michel Temer –que, há quase um ano, ao assumir a Presidência de fato, prometera priorizar a área.
"Não vejo estratégia alguma. O Brasil em matéria de política internacional está cumprindo tabela", afirma à Folha Celso Amorim, que chefiou o Ministério das Relações Exteriores de 2003 a 2010, no governo Lula.
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