Violência volta a manchar a imagem do Brasil na imprensa estrangeira
O título de uma reportagem publicada pela revista americana "Newsweek" dificilmente poderia ser mais direto na associação da violência ao Brasil: "Moradores de favelas do Rio estão cansados de ver seus vizinhos serem mortos". No site da rede árabe Al Jazeera o tom de um texto sobre o Brasil é parecido: "Moradores de favelas do Rio protestam contra assassinatos".
Notícias sobre diferentes casos de violência no Brasil são constantes na mídia estrangeira. Nos últimos dias a imprensa internacional voltou seus olhos para as manifestações contra mortes recentes na capital fluminense no fim de semana, e voltou a estampar no mundo a forte imagem da criminalidade e da violência que já é cotidianamente associada ao Brasil.
Segundo a revista americana, as crises política e econômica, bem como os escândalos de corrupção,praticamente destruíram os progressos limitados que haviam sido alcançados em comunidades pobres nas últimas décadas.
"Com as taxas de desemprego atingindo novos recorde, as gangues de traficantes retornaram às favelas. Quando a policia ataca os bairros e os tiroteios acontecem, os moradores frequentemente se tornam vítimas da violência", explica.
A reportagem da Al Jazeera diz que tiroteios acontecem diariamente, e pessoas inocentes acabam vítimas de operações policiais de estilo militar.
"Traficantes controlam grande parte das favelas, que muitas vezes são formadas por becos e casas pequenas em encostas íngremes que são difíceis de acessar. A polícia monta periodicamente incursões e, quando ocorrem os tiroteios, as balas perdidas dos fuzis atravessam áreas densamente povoadas", explica.
Em um artigo publicado em inglês no site "The Conversation", o pesquisador Renato Sérgio de Lima, da FGV, argumentou que por mais que o país esteja mergulhado em escândalos de corrupção e instabilidade política, a violência, registrada no altíssimo índice de homicídios, constitui o maior problema real do Brasil.
Sem tratar exatamente do impacto na imagem, ele explica que a criminalidade deixa a população paralizada e gera um aumento no flerte com o autoritarismo em um "processo corrosivo".
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