Matthew Taylor: Falência da política dá força a ideia de nova Constituição
Os analistas estrangeiros parecem ter desistido do sistema político brasileiro.
O tom geral das principais avaliações publicadas fora do país nas últimas semanas falam em falência da política tradicional do país, mergulhada em uma crise que parece interminável e golpeada por sucessivas revelações sobre corrupção.
Nesse contexto, o pesquisador americano Matthew M. Taylor, professor da American University, em Washington, DC., começa a perceber o crescimento da discussão em torno de uma nova Assembleia Constituinte, para "resetar" a política nacional.
"No meio da polarização e da incerteza, nomes importantes em todo o espectro político levantaram uma nova e ousada ideia: uma Assembleia Constituinte para quebrar o atual nó político", diz Taylor, em texto publicado no blog do think tank americano Council on Foreign Relations.
Taylor admite que a ideia parece um tanto exagerada e improvável, mas diz que tem ouvido pessoas importantes de Brasília falar do assunto com cada vez mais frequência, e que acredita que uma nova Constituição resolveria problemas atuais do Brasil, como a questão fiscal, a fragmentação política e as investigações de corrupção.
Segundo ele, o debate atual dá voz ao que deve se tornar um dos principais temas de debate político nas eleições de 2018: um debate sobre o que deu errado no sistema político do país.
"Isso pode proporcionar um refúgio bem-vindo da polarização acrimoniosa de soma zero entre os principais partidos políticos, bem como uma oportunidade para um movimento reformista emergir dos destroços do sistema político de três décadas", avalia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.