ONG internacional denuncia tratamento ilegal de mulheres presas no Brasil
O Brasil trata as mulheres presas no país de forma cruel e ilegal, segundo um relatório da ONG internacional de direitos humanos Human Rights Watch.
"Entrar nas celas sujas, violentas e desumanas das prisões brasileiras é conhecer um mundo cruel onde nem as leis brasileiras nem as internacionais parecem valer. Para cerca de 37 mil mulheres atrás das grades, a angústia é ainda maior", diz o texto divulgado em inglês do site da organização.
A HRW lista problemas enfrentados pelas mulheres que são presas. Em vez de ficar em presídios exclusivos, como manda a lei, ficam em alas de presídios mistos. Em vez de ter só guardas mulheres, como diz a lei, são supervisionadas por homens, explica.
"A população feminina das prisões cresceu 161% na última década, um ritmo maior do que o crescimento da população masculina", diz, para em seguida relatar algumas das dificuldades enfrentadas por estas mulheres, especialmente quando engravidam ou têm filhos.
"O Brasil deveria usar alternativas à prisão, especialmente para mulheres e mulheres com filhos, como indica a lei", defende.
A HRW diz ainda que o Brasil deveria descriminalizar o uso de drogas, para que as mulheres deixem de ser presas em meio à guerra às drogas.
Por último, diz, o governo deveria melhorar as condições das prisões usadas para mulheres, para obedecer a padrões legais e internacionais.
A avaliação da HRW é divulgada pouco depois de uma onda de notícias negativas envolvendo a situação de presídios no Brasil. A onda de violência registrada nas detenções brasileiras em janeiro revelou o "horror" de presídios do Brasil, segundo análises publicadas na mídia internacional. Esses casos transformaram a questão da violência nos presídios brasileiros no assunto relacionado ao Brasil mais citado no resto do mundo no início de 2017.
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