Organização Mundial da Saúde amplia preocupação com febre amarela no Brasil
Após zika, febre amarela gera alerta internacional sobre saúde no Brasil
Um comunicado divulgado nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou e ampliou a recomendação de vacinação contra a febre amarela para estrangeiros que visitam o Brasil.
A partir de Março, a preocupação com a transmissão da doença no país faz com que pessoas viajando para todo o estado do Espírito Santo devam se precaver com a vacina.
A OMS não chega a recomendar que as pessoas evitem viajar ao Brasil por conta da doença, mas diz estar monitorando a situação e avaliando os riscos. Além da vacinação a Organização recomenda cuidados para evitar picadas de mosquitos e atenção aos sintomas da febre amarela.
Segundo a agência de notícias Reuters, a decisão da OMS foi tomada por medo que o vírus se espalhe por outras grandes cidades do país.
Por mais que o surto ainda esteja limitado a áreas rurais, diz, "há preocupação crescente que o vírus possa se espalhar a centros urbanos como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória –áreas onde dezenas de milhares vivem e onde a OMS diz que o vírus pode começar a se espalhar em um ciclo de humano para humano através do mosquito Aedes aegypti".
No total, foram confirmados 371 casos da doença, o maior número no país desde o ano 2000, e outros 966 estão sendo avaliados.
O surto de febre amarela ganhou proporção internacional em janeiro, com destaque em grandes veículos da imprensa internacional, como o "New York Times".
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) sempre está atento a possíveis casos de febre amarela no Brasil, e lembra casos registrados no país em 2009. Em fevereiro deste ano, o CDC também atualizou seu status relacionado à doença no país, indicando nível 2 de alerta, indicando "prática avançada de precaução" a quem viajar ao país.
A notícia sobre risco de febre amarela no país tende a piorar ainda mais a imagem já negativa deixada pelo zika ao longo do ano passado. Por mais que seja um contexto diferente, sem o agravante da Olimpíada, não deixa de ser uma divulgação ruim para o Brasil.
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