Em encontro, Macri e Temer tentam dança desequilibrada, diz 'The Economist'
O presidente argentino Mauricio Macri segura uma rosa na boca enquanto dança na direção do brasileiro Michel Temer, que estende a mão ao colega. A charge usada para ilustrar a reportagem da revista "The Economist" sobre o encontro dos líderes das maiores economias da América do Sul resume a reunião como uma dança difícil de dois países com tamanhos bem diferentes, quase uma mistura de tango e samba.
Por mais que seja uma imagem clichê, a referência da revista de economia indica os desafios para os dois países conseguirem desenvolver uma parceria mais próxima –o que a reportagem diz que não será fácil de alcançar.
"Na maior parte do século 20, Brasil e Argentina foram mais rivais do que parceiros. Nos anos 1970 eles quase embarcaram em uma corrida nuclear; até meados dos anos 1980, livros de estratégia militar do Brasil ensinavam que a guerra mais provável seria com o vizinho ao sul. A população e a economia do Brasil são maiores que as da Argentina, mas os argentinos são mais ricos", resume o texto.
Segundo a "Economist", o encontro desta terça, em Brasília, ocorre enquanto os dois países estão impondo agendas de maior abertura econômica e a favor do mercado, com maior austeridade e menor regulamentação. "Bolsas em Buenos Aires e em São Paulo cresceram desde que os dois líderes assumiram o poder", diz.
Mesmo assim, diz a revista, não vai ser fácil aproximar as duas economias: "Mesmo com as melhores intenções, Temer e Macri não podem superar o estranhamento causado pela diferença no tamanho dos dois países. A Argentina vai ser sempre desconfiada do vizinho gigante; e o Brasil nunca vai tratar a Argentina como um igual. Não importa o quanto graciosa seja a dança dos dois presidentes, eles provavelmente vão pisar nos pés uns dos outros."
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