Jornal latino dos Estados Unidos diz que o Brasil prefere Hillary a Trump
Uma reportagem publicada pelo site do jornal "El Nuevo Herald", editado em espanhol nos Estados Unidos, diz que o Brasil prefere que Hillary Clinton vença Donald Trump nas eleições presidenciais do país, nesta terça (8).
Produzida pela agência de notícias France Presse, a reportagem diz que o país mantêm um "cauteloso silêncio" sobre a decisão nos EUA, mas que fontes anônimas "disseram que a candidata democrata conta com maior respaldo do que seu rival republicano por conta da sua maior previsibilidade", diz.
No discurso oficial do governo Temer, explica o "Herald", não há menção a apoio a nenhum candidato, e repete-se a ideia de que as relações entre os dois países vão se manter independentemente do resultado eleitoral. Mesmo assim, declarações críticas do ministro de Relações Exteriores, José Serra, indicam a preferência brasileira.
"Serra qualificou a hipótese de uma presidência do magnata imobiliário norte-americano como 'um pesadelo"', diz.
Deixado de lado com o acirramento eleitoral nos EUA, o discurso contra Trump de Serra repete o que se falava na diplomacia brasileira sobre o candidato.
Documentos do Itamaraty obtidos pelo UOL pela lei de acesso à informação mostram que, nas comunicações da missão diplomática brasileira emitidas no período entre janeiro de 1999 e dezembro de 2015, palavras como "xenófobo" e "histriônico" e "excêntrico" são usadas em referência a Trump. Suas propostas, segundo os despachos, são "mirabolantes".
Na avaliação do Itamaraty, a candidatura do republicano não passaria das primárias do partido e o seu estilo de campanha apresentava sinais de desgaste antes mesmo do começo das prévias nos Estados norte-americanos.
Apesar do interesse brasileiro pela eleição nos EUA, o "Nuevo Herald", que é editado em Miami, diz que países como o Brasil ficaram longe da campanha eleitoral nos EUA.
"Com exceção dos discursos incendiários de Trump sobre migrantes mexicanos, não houve menções à situação humanitária no Haiti, ao processo de paz com a Colômbia, à crise política da Venezuela nem à própria estabilidade no Brasil", diz.
A observação vale como contraponto ao boato que se espalhou pelas redes sociais brasileiras alegando que Trump havia xingado brasileiros de "porcos latinos".
Trata-se de boato sem relação com a realidade, segundo levantamento cuidadoso de sites como o E-farsas, que analisa boatos online, e o plus55, que publica notícias sobre o Brasil em inglês. "Não há nenhum registro de que ele tenha feito essa declaração", diz o plus55.
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