Eleição revela guinada conservadora no Brasil e ecoa ditadura, diz revista
As eleições municipais confirmaram a volta de uma guinada conservadora e em defesa do autoritarismo no Brasil, avalia um artigo do editor chefe da revista "Americas Quarterly", Brian Winter.
Por mais que o fortalecimento conservador seja uma conclusão comum nas análises internacionais do cenário político nacional hoje, a publicação alerta que o movimento pode ter ecos de um passado problemático do país.
Vice-presidente da Americas Society/Council of the Americas, e autor de quatro livros sobre a América do Sul, Winter ex[plica que o caso brasileiro repete o que acontece em todo o mundo, e compara com a possível eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
"Mas a experiência do Brasil é algo diferente porque contém ecos de um passado não muito distante – o período entre 1964 e 1985, quando o maior país da América Latina foi governado por uma ditadura militar. Nostalgia por aquele período, ou pelo menos de algumas de suas táticas e visão de mundo, está em seu ponto mais alto em muitos anos", diz.
Segundo ele, essa onda pode se tornar um risco aos direitos humanos e à liberdade de imprensa, além de mudar a a forma como a política brasileira se organizará nos próximos anos.
A avaliação de Winter é de que parte desse movimento vem da insatisfação nacional com a situação econômica do país, além da indignação pelo escândalos de corrupção. Isso cria, ele diz, um movimento perigoso de rejeição à política tradicional.
Winter e a "AQ" têm feito uma cobertura muito frequente da situação do Brasil, com uma abordagem crítica e bem aprofundada de questões políticas e econômicas. Em outubro, a revista publicou uma edição especial de 50 páginas dedicadas a avaliar a situação atual do Brasil e apresentar propostas para "consertar" o país.
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