'Folha': Indicado a embaixador dos EUA diz que Brasil tem democracia madura
Em meio a escândalos políticos e de corrupção, o Brasil tem "extraordinária" transparência, segundo o diplomata norte-americano Peter McKinley, apontado pelo presidente Barack Obama para ser o próximo embaixador dos EUA no Brasil.
Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", que acompanhou a sabatina de McKinley no Senado dos EUA, o indicado para representar o país no Brasil defendeu que a democracia está amadurecida na política brasileira, mesmo considerando a atual instabilidade por conta do processo de impeachment.
"O processo enfatiza a força da democracia brasileira", disse.
"Estado de direito, processo institucional forte, sociedade civil, mídia extraordinariamente ativa, polícia, investigadores federais, um sistema judicial, que pôde fazer seu trabalho praticamente sem obstáculos", explicou.
"Estamos confiantes em que a maturidade da democracia brasileira ajudará a desenvolver firmes relações."
Segundo a reportagem, McKinley, de 62 anos, é filho de americanos, nasceu na Venezuela e cresceu entre Brasil, México, Espanha e EUA. Ele morou dois anos em São Paulo e estudou no departamento de Estudos Brasileiros na Universidade Oxford (Reino Unido).
A observação do indicado a embaixador no Brasil segue a linha do que os Estados Unidos têm falado oficialmente sobre o Brasil desde o início do processo de impeachment. Sem defender abertamente o governo interino ou a presidente afastada, os EUA têm tentado passar a imagem de que respeitam os processos políticos do Brasil sem se envolver diretamente.
Segundo a colunista da "Folha" Patrícia Campos Mello, a Casa Branca está sendo ultracautelosa em relação à crise política do Brasil. "A última coisa que Washington quer é ser acusado de se intrometer nos assuntos brasileiros —o que, inclusive, daria ampla munição para o discurso de golpe adotado pelo PT", diz.
"Para Washington, por enquanto, há um presidente interino e uma presidente afastada —e não um novo governo. Haverá um novo governo (ou não) ao fim do julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. E então, só então, haverá um posicionamento oficial do governo americano. Obama não é Bush", explicou.
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