Brasil tem melhora de classificação em ranking do 'bom país'
Mesmo em meio a um de seus momentos mais críticos em décadas, com grave crise política e profunda recessão, o Brasil subiu da 49ª para a 43ª posição no ranking do Good Country Index – o índice do bom país.
O dado foi divulgado nesta semana, poucos dias depois de o criador do ranking, o consultor britânico Simon Anholt, falar sobre este seu projeto de política externa por um desenvolvimento global.
Leia também: Brasil tem imagem internacional melhor do que merece, diz Simon Anholt
Apesar da melhora no ranking, a avaliação indica piora do Brasil em vários dos itens usados como referência. O país caiu da 5ª para a 33ª posição em sua contribuição para a questão ambiental. Saiu do 37º lugar para o 42º em contribuições à ordem mundial, manteve o 49º em contribuições para a cultura, caiu ainda do 75º lugar para o 98º no ranking de contribuições para a ciência e tecnologia globais, e, por fim, manteve-se perto do último lugar, 158º, em contribuições para a prosperidade e igualdade.
Uma das maiores melhoras foi em contribuições para a saúbe e bem estar internacionais, passando do 52º lugar para o 32º. Outro ponto de avanço foi em contribuições para a paz e a segurança globais, em que subiu da 83ª posição para a 37ª.
Depois de passar décadas trabalhando estudos sobre reputação e imagem internacional dos países, Anholt desenvolveu o índice para medir o quanto cada país do mundo é "bom". O Good Country Index avalia a contribuição de cada nação para além das suas fronteiras. Seu projeto visa descobrir o país que mais contribui para o bem da humanidade a partir de informações de 35 bancos de dados da ONU.
O índice avalia 163 nações (na edição anterior eram 125) em ciência e tecnologia, cultura, paz e segurança, ordem mundial, ambiente, prosperidade e igualdade, saúde e o bem estar do planeta. A ideia não é entender o quanto o país é bom para seus próprios cidadãos, mas o quanto eles são bons para o mundo todo.
O interessante é que as crises também não afetaram a imagem internacional do Brasil, que continua avaliada em torno da 20ª colocação nos principais rankings internacionais.
Na entrevista concedida ao blog Brasilianismo, Anholt avaliou a situação do Brasil no ranking, que é pior que a avaliação dele em índices que medem reputação e admiração internacionais.
"O Brasil aparenta ter uma reputação melhor de que merece", disse.
"O Brasil poderia contribuir muito mais para o mundo, ser mais aberto e ter maior colaboração internacional", disse Anholt, em entrevista publicada pela "Folha de S.Paulo".
O ranking mais recente também mudou a classificação no topo da lista. Suécia, Dinamarca e Holanda são os três países que mais contribuem para o planeta, segundo o GCI. Mauritânia, Guiné Equatorial e Líbia estão nos três últimos lugares.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.