'Nova política externa' de Serra recebe elogios na mídia estrangeira
A "nova política externa" anunciada pelo recém-empossado ministro das Relações Exteriores, José Serra, recebeu elogios em artigos publicados nesta semana na imprensa internacional. Segundo os colunistas Andrés Oppenheimer, do jornal americano "Miami Herald", e Mac Margolis, do "Bloomberg View", as propostas de Serra geram otimismo para a diplomacia brasileira.
A nova administração do Itamaraty é um dos pontos positivos do novo governo, segundo texto de Margolis publicado no site de artigos da rede de notícias de economia "Bloomberg".
Com Serra, diz, o governo interino mostra que perdeu a paciência com a diplomacia "tendenciosa e de poucos resultados" do Brasil.
Segundo Margolis, os anos de governo do PT na Presidência criaram uma política externa que tentou afastar o Brasil dos Estados Unidos e buscar em outros países emergentes apoio para impulsionar a importância internacional do Brasil.
"O sinal para países em desenvolvimento na América Latina e além gerou bons discursos, mas trouxe pouco progresso em comércio, desenvolvimento econômico e integração regional", diz o artigo.
O novo ministro das Relações Exteriores muda isso, argumenta Margolis. "Serra deixou claro em um discurso que as 'novas relações exteriores' seriam guiadas por interesses nacionais e não mais pelos de um governo", diz.
A mudança ideológica do Itamaraty também foi aprovada por Oppenheimer, que entrevistou Serra pessoalmente. "Minha opinião: As relações exteriores do Brasil provavelmente vão mudar para melhor. Sob Dilma e Lula, o Brasil fecou os olhos para abusos de direitos humanos", diz.
Em texto publicado no site do jornal da Flórida, ele disse que a posse de Serra representa que o país não vai mais apoiar de forma incondicional países com "regimes autoritários" como Cuba e Venezuela.
"O novo governo brasileiro planeja mudar o foco das relações internacionais para a expansão de laços econômicos e a defesa dos direitos humanos", diz.
"Agora, enquanto o governo Temer vai focar em limpar a bagunça econômica deixada por Dilma e sua prioridade intenacional vai ser promover as exportações brasileiras, o Brasil provavelmente ter uma diplomacia menos guiada por ideologias, mais afinada com a das democracias ocidentais", completa.
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