Debate na UCLA indica que crises afetarão toda a classe política brasileira
A perda do controle fiscal do Brasil gerou uma crise econômica que desencadeou em uma crise política e levou à atual turbulência vivida pelo país com o afastamento da presidente Dilma Roussef. Esta é uma das conclusões de uma discussão sobre a situação brasileira em uma das principais universidades dos Estados Unidos, a UCLA.
O debate reuniu os professores visitantes da UCLA William Summerhill, Roberto Véras de Oliveira, a historiadora Barbara Geddes e o cientista político Manoel Gehrke. Organizado pelo Centro de Estudos Brasileiros da universidade, o encontro aconteceu na Luskin School of Public Affairs e foi moderado pelo doutorando e ciência política Fabrício Fialho.
Summerhill analisou os problemas econômicos do país, e defendeu que a crise fiscal gerou uma forte desconfiança internacional em relação ao Brasil e levou ao colapso do investimento estrangeiro.
Avaliando a situação política, Geddes comparou o impeachment de Dilma à prisão do mafioso Al Capone por sonegar impostos.
"Por outro lado, enquanto ela estava no poder, níveis impressionantes de roubo do Estado aconteceu… O tamanho da corrupção significa que não é só ela que vai cair, mas grande parte da classe política brasileira", disse.
Gehrke tratou mais aprofundadamente dessas investigações de corrupção, e defendeu que uma operação como a Lava Jato tem potencial de causar danos a toda a classe política.
O sociólogo Véras de Oliveira fez uma análise conjuntural e ideológica da crise brasileira. Para ele, há uma ascensão de movimentos conservadores que fazem forte crítica ao que foi feito pelo governo do PT ao longo dos últimos anos.
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