Mídia estrangeira vê chance maior de impeachment após rompimento do PMDB
A decisão do PMDB de romper com o governo de Dilma Rousseff está sendo interpretada no exterior como um aumento nas chances de haver um impeachment da atual presidente. Assim que a decisão do partido do vice-presidente Michel Temer foi confirmada oficialmente, diversos veículos da imprensa estrangeira publicaram a notícia com análises iniciais do impacto da mudança no cenário político do país.
"É um sinal muito forte" no sentido de que o impeachment se aproxima, argumentou uma reportagem no jornal "Financial Times".
Segundo o britânico "The Guardian", o governo recebeu "um golpe potencialmente fatal" com a saída do PMDB. O jornal complementa que pode haver uma debandada de aliados, o que "aumenta muito a perspectiva de que ela deve perder a votação do impeachment na Câmara no próximo mês, e ser retirada do poder".
As consequências do rompimento, segundo o jornal inglês, podem ser um grande tumulto. "As tensões políticas já estão altas. Nenhum dos potenciais sucessores de Dilma têm mãos limpas", diz.
O PMDB, diz o "Guardian", "está pressionando para garantir o poder para si mesmo, apesar de ser improvável que ele esteja menos vulnerável a acusações de corrupção".
A rede BBC explicou que o rompimento do PMDB significa que Dilma pode ser retirada temporariamente do poder já em maio, e que ela seria substituída pelo vice, do próprio PMDB. O francês "Le Monde" ressaltou que a presidente ficou ainda mais isolada a partir de agora.
O "Wall Street Journal" segue a mesma abordagem, e diz que vai ser difícil Dilma impedir o processo do impeachment a partir de agora. "Por anos, Dilma recompensou membros do PMDB com cargos no governo e deu ao partido grande poder para definir políticas, mas a coalizão acabou com um tom amargo em meio a acusações mútuas de traição e culpa pela crise econômica", avalia.
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