Albert Fishlow: Brasil pode viver uma nova década perdida até 2020
O Brasil deverá completar, em 2020, uma nova década perdida para sua economia. A avaliação foi feita pelo brasilianista e professor de relações internacionais da Universidade de Columbia, Albert Fishlow. O pesquisador, autor de vários livros sobre a história econômica do país, participou de um debate sobre a crise atual no 'think tank' Council on Foreign Relations, em Nova York. Em seguida ele concedeu entrevista ao "Valor Econômico" e à "Folha de S. Paulo", de onde foram tirados os trechos citados abaixo.
"O PIB per capita do Brasil em 2020 será igual ao de 2010, então, aconteça o que acontecer, será uma década perdida. Mesmo em um cenário otimista, o crescimento geral será baixo"
"Mesmo se adotarmos uma noção otimista de recuperação, começando a partir de 2017, com níveis correntes de einvestimento e assumindo níveis mais altos de recuperação, ainda estaríamos encarando a realidade de um crescimento baixo. Será uma década perdida."
"O que precisamos é de realismo para evitar que, ano após ano, tenhamos que fazer novos planos e eles acabem se transformando naquilo que foi o Plano Cruzado e nos subsequentes."
"É preciso que haja a aceitação de que o gasto do governo está no limite máximo. Quando você diz que vai coletar [mais impostos] 'só por dois anos', acabam sendo seis, e depois sete e oito anos, e aí é hora de ter um novo imposto. É preciso um programa enxuto que prometa às pessoas mudanças em certo período de tempo suficiente para que a mudança ocorra."
Segundo a "Folha", o economista Alberto Ramos, do banco Goldman Sachs, calcula que, em três anos, a recessão provocará queda acumulada de cerca de 10% no PIB per capita. É mais do que o registrado ao longo da chamada "década perdida" dos anos 1980 –entre 1981 e 1992, houve redução cumulativa de 7,6% no indicador
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.