Só o FMI pode salvar o Brasil, diz artigo do jornal inglês 'Telegraph'
"O Brasil está caminhando direito para os braços do Fundo Monetário Internacional", diz um artigo sobre a crise econômica do país publicado pelo jornal britânico "Telegraph".
Segundo a análise, as crises política e econômica já passaram do limite, o governo está paralisado e perdeu a confiança de investidores e do mercado internacional. "Quanto mais rápidamente esta realidade for reconhecida pelos líderes do país, mais seguro ele vai ser para o mundo", complementa.
"A presidente Dilma Rousseff está enfrentando o impeachment, e mesmo que ela vença ou seja derrotada nos próximos meses, o Congresso está muito fragmentado para conseguir fazer algo para evitar que o déficit do orçamento chegue a 10% do PIB", explica.
O artigo do "Telegraph" foi escrito pelo editor de negócios internacionais Ambrose Evans-Pritchard, que tem 30 anos de experiência cobrindo notícias relacionadas a política e economia. Segundo ele, a descrença no governo está tão disseminada que vai ser difícil recuperar a confiança.
O texto alega que o país está em um círculo vicioso que não pode ser interrompido sem ajuda da credibilidade de uma instituição internacional. "O FMI é o único caminho para sair deste impasse", diz.
Antes da análise do "Telegraph", o think tank norte-americano Brookings já apontava o FMI como uma saída possível para a crise brasileira. "Pode ter um gosto amargo, mas só o FMI pode oferecer o remédio de que o Brasil precisa", dizia o Brookings em dezembro do ano passado.
Assinado por Monica de Bolle e Ernesto Talvi, o texto explicava que o Brasil precisa de forças para retomar um papel importante no cenário da economia global, e que não tem muitas alternativas para isso. "Se o Brasil quiser reconquistar sua credibilidade rapidamente, vai precisar do apoio da comunidade internacional. O Brasil não tem um equivalente institucional ao Banco Central Europeu para fazer 'o que for preciso' para manter o acesso ao crédito com taxas de juros razoáveis enquanto busca fazer ajustes fiscais e estruturais. O mais perto que o Brasil tem é o Fundo Monetário Internacional, com que ele deveria negociar um programa de ajustes."
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