'Zueira' e macaco bêbado roubam atenção da mídia estrangeira sobre o Brasil

"Washington Post" fala sobre o macaco bêbado armado com faca que roubou a atenção da imprensa internacional sobre o Brasil
Um macaco supostamente bêbado, armado com uma grande faca, comprou briga e tirou das notícias sobre o vírus zika o virtual monopólio da cobertura da imprensa internacional a respeito do Brasil. Nos últimos dias, o caso se tornou tema de posts e reportagens por todo o mundo, uma das principais histórias a falar sobre o país na mídia estrangeira, que antes tratava quase exclusivamente de temas mais sérios sobre saúde, política e economia.
O caso é um tanto obscuro. Segundo o portal Patos Online, o macaco Chico perseguiu os frequentadores de um bar na Paraíba, e os bombeiros foram chamados para capturá-lo. Mesmo sem ganhar grande destaque na imprensa nacional, o vídeo da história ganhou o mundo.
No começo, saiu apenas em blogs e sites menos jornalísticos, mas quando publicações internacionais sérias como o jornal britânico "The Guardian" e o norte-americano "Washington Post", os sites franceses "L'Express" e "20 minutes", e outras centenas de veículos em inglês, francês, espanhol e italiano começam a falar de um mesmo assunto, é porque ele se tornou uma notícia grande.
"Macaco armado com uma faca aterroriza bar no Brasil após beber rum", diz o "Washington Post". "Com a arma poderosa em mãos, ele começou a perseguir homens no estabelecimento", complementa o jornal da capital dos Estados Unidos. "O macaco bebeu restos de cachaça, uma bebida destilada popular no Brasil, de copos espalhados pelo bar", explica o britânico "The Guardian".
A cobertura mundial sobre o macaco, em certo sentido, diz mais sobre a busca da imprensa por temas banais e divertidos em detrimento do jornalismo de que sobre a imagem do Brasil. Apesar do tom pouco sério das reportagens publicadas em um período de turbulência da economia, política e saúde do Brasil, ela serve para quebrar o clima tenso que tem se associado à imagem do país na mídia do resto do mundo.
Isso vai na linha do que a revista norte-americana "New York" tentou explicar como parte da cultura do país em redes sociais: os brasileiros adotaram a "zueira" como mecanismo para lidar com os problemas que assolam o país, explica em uma reportagem séria sobre o humor sem limites. A associação entre os dois temas, obviamente, é indireta, mas serve para entender o quanto o humor é importante no país, o que acaba se refletindo na cobertura internacional que a imprensa do mundo faz sobre ele.
"Notícias ruins podem ser, estranhamente, notícias boas para a internet brasileira e seu exército de comediantes virtuais", explica. "A cultura da internet brasileira é particularmente afeita à ideia de transformar o trauma nacional em fonte de humor interminável e celebração irônica", diz, citando a frase "a zueira não tem limite", em português, mesmo.
Assista abaixo ao vídeo do macaco que ficou famoso no resto do mundo
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