Mundo vê Brasil em uma guerra problemática contra mosquitos
A imprensa mundial passou o fim de semana dedicada à cobertura de uma guerra na qual o Brasil está envolvido. Com manchetes que parecem aludir a verdadeiros conflitos armados, os principais veículos da mídia estrangeira destacaram que o governo decidiu usar as Forças Armadas no combate contra o mosquito que transmite a dengue e o vírus zika. O tom predominante na cobertura de outros países foi de que a guerra vai ser difícil, já que vem em um momento em que o Brasil parece desesperado, e por causa da estratégia que depende de apoio e ação de toda a população.
O surto da doença já tem monopolizado a atenção do resto do mundo em relação ao Brasil. No lugar da crise econômica e política, e da Olimpíada que se aproxima, o contágio de zika e sua possível relação com a microcefalia em bebês se tornou o assunto mais comentado pelos estrangeiros. Desde a última sexta-feira, as principais reportagens falam dos estudos para entender melhor a epidemia e da estratégia nacional de combate aos mosquitos.
"A presidente Dilma Roussseff disse que o Brasil precisa lançar guerra contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus zika, buscando eliminar os locais de procriação dos insetos", relatou o jornal britânico "The Guardian". "A medida vem enquanto o Brasil busca desesperadamente aumentar o conhecimento sobre o vírus e encorajar as pessoas a combaterem o mosquito", completou.
O envolvimento da população foi o foco da reportagem publicada pelo jornal americano "The New York Times". "O Brasil pressiona o público a fazer sua parte na luta contra o surto de zika", diz o título do periódico.
"Em vez de usar inseticida e repelente as tropas estão armadas com panfletos que instruem moradores a reduzir os locais de reprodução do Aedes aegypti", explica. "A mensagem – de que brasileiros são em grande parte responsáveis pelo controle dos mosquitos dentro e em torno de suas casas – foi recebida de forma variada pelas pessoas, que disseram esperar que o governo tivesse um papel mais direto na redução dos mosquitos pela aplicação de inseticidas ou melhorando o saneamento básico em comunidades mais pobres", diz.
Uma reportagem da agência de notícias Associated Press publicada em veículos como o "Washington Post" destacou que a "guerra contra o mosquito" enfrenta problemas. "Em um país com alta taxa de criminalidade, a confiança é uma questão importante", explica, alegando que a população desconfia de voluntários que trabalham buscando focos de mosquitos nas casas das pessoas.
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