Visão estrangeira: Transporte público em SP é melhor que motoristas pensam
Com a chegada ao Brasil de um dos melhores aplicativos de trânsito e transporte público urbano, o Citymapper, o diretor de desenvolvimento de negócios da empresa, o inglês Damian Bown, esteve em São Paulo, circulou pela cidade e deu sua opinião: "O transporte de São Paulo é muito bom. As pessoas que o criticam deveriam experimentar".
A avaliação foi feita em de Bown à "Folha de S.Paulo". Brown admitiu que há superlotação em algumas estações, mas comparou ao cotidiano em Londres, onde algumas estações também ficam mais cheias de que o normal. "Tem gente que reclama que a transferência na Paulista é lotada, mas é igualzinho a passar em Embankment às 8h da manhã. Essas redes são feitas para estar cheias na hora do pico", disse.
Bown esteve em São Paulo durante duas semanas e andou em todas as linhas de metrô e trem e fez alguns trajetos de ônibus, para conferir se os dados passados pelo governo estavam corretos. Em sua avaliação, muitas das pessoas se locomovem de carro e nem sequer conhecem a realidade do transporte público na cidade.
Veja abaixo alguns trechos da entrevista
Leia a reportagem completa na Folha
– Como avalia o transporte de São Paulo?
Damian Bown – Passei duas semanas andando em todas as linhas do CPTM e do metrô, cronometrando tempos de viagem. O transporte da cidade é muito melhor do que a maioria dos paulistanos acha. As estações são super limpas e, geralmente, modernas. Tem gente que reclama que a transferência na Paulista é lotada, mas é igualzinho a passar em Embankment às 8h da manhã. Essas redes são feitas para estar cheias na hora do pico. Quem usa carro em Sâo Paulo como desculpa de que o sistema não funciona tem que tentar usar uma vez. Vão descobrir que os sistemas estão melhores do que imaginavam.
– Não presenciou superlotação?
Damian Bown – Sim, quando cheguei a Guaianases. Estava tão lotado que não consegui levantar meu braço para ver meu relógio. Tive que voltar no dia seguinte para pegar o tempo.
– E os ônibus?
Damian Bown – São bons, mas o problema é que eles enfrentam o trânsito e os motoristas de Sâo Paulo, que fecham cruzamentos, travam ruas. Nas faixas exclusivas, funcionam muito bem.
– Como mudar a cultura que privilegia o carro?
Damian Bown – Tem que fazer pequenos passos em ambos os lados. Não só colocar multas nos carros, mas fazer melhorias nos ônibus, como no sistema de bilhetagem. Ruas de Londres estão sendo estreitadas para virar ciclovias, inclusive avenidas principais. A opinião pública já aceitou. A guerra já passou. Nâo tem um lobby do carro que atrai audiência ao defender as ruas para automóveis.
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