México assume lugar do Brasil e vira 'bola da vez' na imprensa mundial
Enquanto o Brasil tropeça em uma sucessão de crises políticas e econômicas, a imprensa internacional começa a buscar uma nova "bola da vez" nos mercados internacionais. O principal país a aparecer como candidato a esse cargo é o México, que tem sido citado ao lado do Brasil em alguns dos principais veículos de comunicação do mundo.
"O México é a história de sucesso na América Latina enquanto o Brasil tropeça", destacou o título de uma reportagem do canal de economia da rede norte-americana CNN.
O grande mérito do país, segundo o texto, é não estar em crise: "A economia mexicana não está crescendo, mas está sobrevivendo", diz. A reportagem foi publicada também em espanhol.
O canal de economia Bloomberg também percebeu a ascensão do México em meio à crise brasileira. "O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pode dar impulso a seu rival regional, o México, enquanto as duas maiores economias da América Latina tentam atrair investidores", disse.
Vale ressaltar que esta busca por uma "bola da vez" na economia internacional diz mais sobre o comportamento da imprensa no mundo de que sobre as economias propriamente ditas. Mesmo assim, é fácil de perceber que há um impacto de imagem quando o Brasil deixa de ser visto com olhos tão positivos e outros países começam a roubar seu espaço no resto do mundo.
Outra ressalva é que enquanto o mundo vê a economia brasileira afundar, têm sido positivas as impressões passadas pelo combate à corrupção, especialmente pela Operação Lava Jato. Apesar de o México ganhar espaço do Brasil em termos de economia, são constantes as menções de que a política mexicana precisa seguir o exemplo do Brasil e dar início a alguma forma de luta por maior transparência e por menos corrupção.
O "Financial Times", uma das principais publicações de economia do mundo, tem sido muito crítico aos problemas da economia brasileira, mas já chegou a dizer que o legado do governo Dilma vai ser o combate à corrupção.
Em agosto, o jornal publicou que "o Brasil está limpando sua política, e o México deveria fazer o mesmo". O argumento é que o Brasil teria percebido que os padrões de negociação internacionais mudaram, cobrando maior "limpeza", enquanto o México continua afundado em práticaas de corrupção.
E já que o México está no centro desse debate sobre política e economia, é válido lembrar que em maio a presidente Dilma Rousseff viajou ao país para negociar parcerias. Na época, a CNN local disse que os dois países poderiam se tornar "motores" da região.
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