Agência de inteligência dos EUA vê aumentar risco de impeachment no Brasil
Os escândalos de corrupção e a crise econômica enfraquecem a posição do governo brasileiro, que se torna cada vez mais frágil. Segundo uma análise da agência de inteligência geopolítica norte-americana Stratfor, entretanto, a maior ameaça a Dilma Rousseff vem da oposição, que deve continuar levando adiante a ameaça de impeachment em um processo longo para desgastar ainda mais o PT. "A ameaça existe", diz a Stratfor.
O estudo divulgado nesta semana atualiza a posição da Stratfor, que vem acompanhando de perto o desenrolar da situação política do Brasil. Em julho, a agência havia publicado um texto falando que o risco de impeachment era baixo e que a oposição parecia não querer de fato tirar a presidente, mas apenas enfraquecer o PT de olho nas próximas eleições. Em menos de dois meses, muito já mudou.
"A oposição tentou por meses conquistar apoio público para o processo de impeachment, mas faltava conseguir os votos para isso no Congresso. Entretanto, nos últimos meses as investigações contra o governo avançaram a um ponto em que as decisões podem acontecer rapidamente, oferecendo à oposição um catalisador para voltar a buscar os votos para abrir o processo de impeachment", diz a agência.
Analistas internacionais e a mídia estrangeira até agora têm se colocado fortemente contra a ideia de um impedimento de Dilma. Além de críticos da ruptura com o sistema atual, os observadores do resto do mundo vinham até agora vendo dificuldades no avanço do impeachment, e a análise da Stratfor parece ser o primeiro importante posicionamento que vê possibilidade real de o governo atual ser abreviado. Isso é importante especialmente porque a Stratfor é uma agência de análises sobre relações internacionais com forte influência nos Estados Unidos, servindo de referência para políticos e empresas – o que reforça a imagem de fragilidade do Brasil no momento atual.
"Por mais que um impeachment presidencial esteja longe de ser certo, a oposição tende a abrir os procedimentos para garantir seu futuro político", diz.
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