Rebaixamento do Brasil entra em lista de notícias mais populares do mundo
A notícia de que a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota do Brasil e retirou o selo de "bom pagador" do país entrou na lista de principais tendências de leitura de internet mundial.
A reportagem da agência internacional Reuters sobre o tema aparece, na manhã desta quinta-feira, como a 21ª principal "tendência" dos Estados Unidos e 7ª "tendência" no Reino Unido, segundo levantamento do Google Trends, que avalia o que há de mais popular na web mundial. Entre as notícias de negócios, o rebaixamento do Brasil apareceu como a 3ª principal notícia dos EUA e 2ª principal no Reino Unido.
O ponto mais alto da popularidade da notícia foi a noite de quarta-feira (9), quando a S&P divulgou sua nota citando a "falta de habilidade" e "vontade" do governo Dilma Rousseff ao submeter um orçamento deficitário ao Congresso. Esta é uma das primeiras vezes que uma notícia brasileira importante aparece com destaque em listas internacionais do Google Trends desde março, quando este blog Brasilianismo começou a acompanhar a lista de informações internacionais e tendências que citam o país.
"O mercado financeiro do Brasil caiu na quinta-feira, depois de a Standard & Poor's cortar a nota do país na noite de quarta", diz a reportagem da Reuters, que cita entrevista da presidente Dilma Rousseff ao "Valor Econômico", em que ela diz que o Brasil está cumprindo seus contratos e "tem uma estratégia econômica clara".
O rebaixamento da nota do Brasil é um reflexo de uma onda de notícias negativas sobre a economia do país. Desde o ano passado, os principais analistas internacionais se mostram muito pessimistas em relação às finanças brasileiras e a condução do governo Dilma.
Apesar de ser algo que tem um apelo muito maior para investidores, a notícia tem força também entre o público geral – a conquista do grau de investimento pela S&P, o primeiro do país, em 2008, era um marco da mudança de patamar do país dentro da visão da economia internacional. A perda deste "selo de bom pagador", pode ser um primeiro passo para o país perder a relevância que havia conquistado dentro do cenário internacional.
Em um artigo publicado na "Folha de S.Paulo", o colunista Vinicius Torres Freire explicou um pouco a importância dessas notas de risco:
"Sim, essas agências já foram negligentes, ineptas e mesmo cúmplices de desastres, como na crise de 2008. Sim, seguem o bonde de euforias dos mercados financeiros, dão alertas tardios, quando não apenas comparecem para matar os feridos depois da batalha. Mas, apesar de vexames e erros, tais empresas contam porque suas notas orientam, mesmo legalmente, muita decisão de investimento."
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