Deu na AFP: Suspeita de massacre, polícia violenta é tolerada no Brasil
Uma reportagem da agência internacional de notícias France Presse republicada em jornais de diferentes partes do mundo e em vários idiomas expõem um grave problema do Brasil atual: policiais são os principais suspeitos de um massacre na periferia de São Paulo. Para piorar, diz, parte da população aceita a violência, desde que seja contra "suspeitos de crimes".
"Os homens usando máscaras parecem relaxados enquanto andam por um bar em São Paulo, calmamente colocando clientes em frente a uma parede – e atirando neles. Mas ainda mais assustador de que a imagem mostrada pela câmera de segurança é o fato de que os principais suspeitos do massacre são os próprios policiais", diz.
A AFP fala sobre os "justiceiros" de forma crítica, mas diz que "grande proporção da sociedade brasileira parece feliz em aceitar o estado sem lei, se for direcionado a suspeitos de crimes", explica.
A reportagem da AFP publicada na quarta-feira foi republicada em vários idiomas. Em poucas horas era possível ler sobre o caso absurdo pelo menos em inglês, francês, espanhol e italiano, em várias publicações diferentes. Em todas elas, a suspeita sobre a polícia era destacada logo no título.
As quase 20 mortes causadas por esquadrões da morte em uma única noite em São Paulo foram amplamente noticiadas na imprensa internacional. Os primeiros relatos se assemelhavam a dezenas de outras notícias sobre casos de violência no Brasil registrados por jornais do resto do mundo. Nesta semana, entretanto, começaram a aparecer relatos mais detalhados e informações mais completas sobre a investigação, que coloca policiais sobre suspeita e criam uma imagem de ainda maior insegurança e caos do país.
Os crimes e a suspeita sobre a polícia surgem pouco depois de um relatório da Anistia Internacional chamar as forças de segurança brasileiras de "rápidas no gatilho", e responsáveis por muitas das mortes registradas no país.
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