Deu na 'FP': Lula é investigado em ação inédita contra corrupção no mundo
A revista de relações internacionais "Foreign Policy" ficou surpresa com uma novidade nas investigações de corrupção no Brasil. As ações de um ex-presidente depois de deixar o poder são analisadas, em vez da sua atuação enquanto governante, o que é praticamente inédito em todo o mundo.
"Enquanto muitos ex-presidentes e premiês já foram investigados após deixarem os cargos, é a ação deles enquanto governantes que normalmente é analisada", diz uma reportagem no site da publicação. "Investigadores brasileiros estão examinando o papel que [Lula] da Silva teve para garantir contratos para a Odebrecht em Cuba, no Panamá, na Venezuela, em Gana e em outros países", complementa.
"Lula está ajudando empresas corruptas a fazerem negócios corruptos no exterior", disse à revista o diretor regional da Transparência Internacional, Alejandro Salas.
Segundo a 'FP', uma análise mostra que isso é algo novo na política internacional. Os negócios privados de ex-governantes, mesmo que incrivelmente lucrativos, geralmente ficam de fora de qualquer investigação oficial.
A revista lista o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder, o ex-premiê canadense Jean Chrétien e até o ex-presidente dos EUA Bill Clinton como alguns dos nomes que fizeram fortuna após deixar o poder, e que continuaram livres de investigações.
"Isso faz com que a investigação de [Lula] da Silva ainda mais inédita. Em parte, isso acontece por causa do tamanho do escândalo e seu impacto emocional", diz.
A publicação dá voz a uma constante na imagem internacional do Brasil contemporâneo. Apesar de o país estar afundado em escândalos de corrupção e de isso afetar sua economia gerando resultados decepcionantes, a própria existência de investigações é saudável. Mais de uma dezena de veículos de comunicação internacionais já ressaltaram a saúde das instituições brasileiras, capazes de investigar alguns dos políticos mais poderosos do país. Isso é positivo, pois mostra que o Brasil está disposto a trabalhar para diminuir o problema da corrupção no país.
"A investigação da Petrobras é uma grande novidade para o Brasil, e o país deve tentar aproveitá-la ao máximo", diz a diretora de um instituto internacional contra a corrupção.
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