'Open Democracy': Crise econômica ofusca retrocesso político do Brasil
A imprensa internacional tem publicado dezenas de reportagens sobre a situação de crise da economia brasileira, falando sobre aumento da inflação e do desemprego, previsão de encolhimento do PIB e medidas para reduzir gastos do Estado. O cenário pintado é sempre muito crítico e muito frustrante, já que o mundo todo esperava um resultado melhor da economia brasileira. Para uma publicação política, entretanto, os problemas nacionais são mais sérios de que o noticiário econômico tem mostrado, e a crise ofusca retrocessos na política.
A crise econômica é "menos preocupante de que as medidas que estão sendo aprovadas pelo Congresso Nacional", segundo um artigo publicado no site "Open Democracy", uma publicação independente com linha editorial de esquerda, que faz ampla defesa dos direitos humanos e da democracia em geral. O texto foi escrito por Izabela Correa, pesquisadora que faz doutorado sobre política brasileira e transparência na London School of Economics, na Inglaterra.
"Eleita em 2014, a atual Câmara de Deputados é a mais conservadora desde o fim da ditadura", diz o artigo. Trata-se de um retrocesso para os direitos humanos, com uma política social conservadora e postura econômica liberal, explica. Segundo a publicação, há uma série de problemas políticos no país, mas a área da segurança pública é a que está em pior situação.
"Mais de cem das 513 cadeiras da Câmara são membros de grupos contra os direitos dos homossexuais, a legalização do aborto e da maconha e a favor de abrir os territórios indígenas para industrias, além de reduzir a maioridade penal e rejeitar o estatuto do desarmamento."
O texto no "Open Democracy" apresenta para o público anglófono a "bancada da bala", grupo de parlamentares que tem trabalhado para mudar leis relacionadas a segurança pública no país, e ressalta que a presidente Dilma Rousseff está enfraquecida demais para lutar contra as medidas conservadoras.
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