Cobertura de protestos na mídia internacional encolhe e busca organizadores
A cobertura dos protestos do último domingo (12) na imprensa do resto do mundo acompanhou a tendência das próprias manifestações pelo Brasil e encolheu. Assim como os protestos foram menores de que os de 15 de março, o volume de notícias sobre ele no mundo também foi.
Enquanto os primeiros protestos tiveram grande destaque de reportagens sobre a quantidade de participantes e comparações com as manifestações de junho de 2013, desta vez a mídia estrangeira noticiou com menor atenção os protestos, ressaltando sempre que eles foram bem menores dos realizados no mês passado.
Claro que este ainda foi o principal tema relacionado ao Brasil no noticiário, e é possível encontrar mais de 300 reportagens que falam das manifestações, mas o destaque é bem menor de que o visto um mês antes.
Além de falar sobre o tamanho dos protestos, parece haver uma tendência de buscar a origem deles. Reportagens das redes BBC, da rádio pública americana NPR, e em vários outros veículos buscaram explicar de onde surgem estes protestos.
A NPR ressaltou a importância de "comediantes de direita e jovens libertários", que, segundo a rádio, fazem os protestos continuarem acontecendo.
Segundo a BBC, os movimentos sociais contra a presidente estão aproveitando o amplo descontentamento com a corrupção e com o PT em todo o país, mas têm muitas diferenças entre si, como a opinião sobre o impeachment e a proximidade com radicais que pedem intervenção militar.
A reportagem na rede BBC em espanhol foi atrás dos organizadores das manifestações. "As marchas são organizadas por movimentos sociais que usam a internet para convocá-las e negam ter vínculos com partidos políticos ou grandes empresas", disse.
"Vem Pra Rua fala de um impedimento ou renúncia de Rousseff, mas evita endossar explicitamente o pedido de impeachment, que outros grupos, sim, exigem: Revoltados Online, cuja força principal está em São Paulo, e o Movimento Brasil Livre (MBL)"
Independentemente da organização e do encolhimento dos protestos, entretanto, toda a cobertura internacional voltou a destacar a corrupção e a instabilidade política do país, que pode continuar pelos próximos meses.
"Os brasileiros ainda estão indignados", disse uma reportagem da rede americana CNN.
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