Chamar tortura de 'besteira' cria precedente preocupante para o Brasil
A postura do governo de Jair Bolsonaro em relação às denúncias de tortura em presídios no Pará abre um precedente preocupante para a situação da segurança no Brasil, segundo a análise do instituto internacional de pesquisa InSight Crime.
"Governo do Brasil descarta tortura nas prisões, apesar das evidências crescentes", diz o título de um artigo publicado pelo site da fundação nesta semana.
O texto critica a declaração do presidente, que classificou como "besteira" a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) sobre torturas sofridas por detentos do Pará.
"Enquanto o governo do presidente Jair Bolsonaro estabeleceu uma cultura praticamente de impunidade para as forças de segurança do Estado, a rejeição direta de relatórios oficiais bem-embasados sobre abusos horrendos cometidos por essas mesmas forças cria um precedente preocupante", continua o texto.
Segundo a InSight Crime, o caso junta duas crises no Brasil: a história de superlotação e abandono das prisões e uma normalização de violações dos direitos humanos no Brasil.
"A tortura dentro das prisões brasileiras não é novidade", diz a análise. De fato, são frequentes as menções a presídios brasileiros como lugares de extrema violência e sem nenhuma proteção aos direitos humanos.
Leia também: Violentas, prisões do Brasil têm imagem internacional de inferno medieval
A InSight Crime é uma fundação de investigação e análise sobre crime organizado no continente americano. O site da fundação publica com frequência análises sobre a situação da segurança no Brasil. Criada em 2010, em Medellin, na Colômbia, a Insight Crime tem apoio do centro de estudos latino-americanos da American University, em Washington.
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