Para think tank dos EUA, sobrevivência de Temer depende de alívio econômico
Apesar de o presidente Michel Temer ter mostrado ainda ter força política ao evitar investigações contra ele sobre corrupção, o governante está enfraquecido, segundo uma análise publicada pelo think tank norte-americano Council on Hemispheric Affairs.
Segundo um artigo assinado pela pesquisadora Madeline Asta, se Temer tentar aprovar reformas que retirem acesso da população a serviços como educação e saúde, a reação pública pode ameaçar sua legitimidade e a sensação de recuperação econômica promovida pelo seu governo.
"Enquanto Temer enfrenta acusações de corrupção, ele só consegue manter seu poder político pela promessa de alívio econômico. Apesar de o Congresso recentemente ter votado para proteger Temer das investigações de corrupção, se suas políticas mostrarem sinais de enfraquecimento, seus aliados congressistas vão provavelmente abandoná-lo quando novas acusações aparecerem", diz o texto.
"Para realmente melhorar a atual estrutura social, política e econômica, o Brasil precisa de uma reforma tributária progressista e do fim da corrupção; além disso, qualquer reforma também precisa ser acompanhada de medidas efetivas de controle de gastos públicos e não pode ser obscurecida por manobras políticas", defende.
O tom crítico ao governo Temer é natural para o Coha, que recentemente publicou um artigo alegando que o impeachment de Dilma Rousseff e a ascensão ao poder de Temer criaram uma situação análoga a um "Estado de exceção" semelhante ao que governou o Brasil a partir de 1964.
Desde o início do processo de impeachment, a maioria dos textos publicados pelo think tank com sede em Washington DC. e fundado em 1975, tinham um tom crítico à saída dela do poder.
Apesar de a postura política de esquerda não ser declarada ou oficial pelo instituto, que diz defender apenas a democracia e condenar regimes autoritários, o Coha na prática faz um contraponto aos think tanks americanos mais populares, como o Instituto Brookings e o Council on Foreign Relation.
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