Jornal venezuelano denuncia uso de armas brasileiras pela repressão no país
Armas produzidas por uma empresa brasileira estão sendo usadas continuamente para reprimir manifestantes que protestam contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, denuncia uma reportagem publicada pelo jornal local "El Universal".
A revelação foi feita pelo periódico um dia após a morte de mais um manifestante em Caracas. Segundo a publicação, entre 67 pessoas (dados do Ministério Público) e 91 pessoas (dados de várias ONGs) foram mortas desde abril em mais de 80 dias de protestos na Venezuela. Essas manifestações sofrem forte repressão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da Polícia Nacional Bolivariana (PNB).
"Empresa brasileira Condor tem fornecido bombas de gás lacrimogêneo à Venezuela desde 2012. Estas compras transformaram a Venezuela em seu quarto maior cliente em volume e quantidade de compras. A mercadoria adquirida foi usada para dispersar protestos pacíficos na Venezuela", diz a reportagem.
A empresa brasileira Condor Non-Lethal Technologies, com sede no Rio de Janeiro, reconheceu, em reportagem da agência de notícias Associated Press, que está fornecendo gás lacrimogêneo às forças de segurança venezuelanas. Depois que líderes da oposição apresentaram um documento demonstrando a compra de latas de gás lacrimogêneo pelas Forças Armadas, a Condor confirmou que está cumprindo dois contratos no país.
Segundo o "El Universal", semanas atrás o presidente Michel Temer havia suspendido o envio de uma compra de mais de 150 mil bombas da Condor pelo governo de Maduro, mas a empresa disse que não recebeu uma ordem para suspender as vendas.
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